25 novembro 2008

História alemã à moda cá de casa

Ao ouvir hoje rádio, pela manhã, a Christina ficou a saber que que vão libertar um terrorista empedernido da RAF, e ele vem morar para Berlim.
Veio contar-me, um bocado aflita, e sosseguei-a logo: o irmão desse terrorista era da turma do Joachim, e a mãe era a professora de matemática.
E mais: o pai de uma amiga dela, do tempo do infantário, viveu numa república de estudantes que estava sempre aberta a todos. Era um tal entrar e sair de amigos, que ele nem se dava ao trabalho de reparar bem neles. Mas depois, repentinamente, a república implodiu. Foi só aí que ele se deu conta que os seus colegas de apartamento tinham ligações à RAF, e os que entravam e saíam eram terroristas em busca de abrigo.
Em suma: ele que venha para Berlim, já temos larga experiência de terrorismo...

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Hoje era dia de visita ao Museu de História, para estudarem o período de Bismark e do imperador Guilherme II.
Devido à quantidade de famílias nobres que estão representadas na turma dela, mais parecia uma visita aos velhos álbuns de família. Uma das miúdas, que tem título de princesa, apontou para a segunda esposa do imperador e disse: "era da minha família". E outra, uma das mais simpáticas da turma, em frente a um retrato do Hindenburg: "olha o meu tataravô!"

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E para fechar o ciclo, o papel de Portugal nesta trama histórica: a turma inteira adora a minha tarte de grão de bico. E estou em crer que o irmão do terrorista também não desgostaria...

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