24 setembro 2016

esta cidade

Nem sei como não apanhei uma tendinite de tantas vezes que tirei a máquina fotográfica do bolso e cliquei. Quase sempre na vertical, para apanhar as sucessões vertiginosas de arcos sobrepostos entre as casas das ruas mais estreitas, quase sempre frustrada por não conseguir apanhar toda a altura da rua e os contrastes da luz. Bem me arrependi de não ter trazido a máquina fotográfica digna desse nome. É verdade que me tomaria metade da mala de bagagem de mão que trouxe para a semana, e é certo que não a levaria tão facilmente no bolso das calças, sempre pronta a disparar. Mas andei por aí descontente, sofrendo a dor de haver tanto para fotografar, e tão pouco com que fazer imagens de qualidade. Um desperdício, um desperdício. E logo com esta cidade, tão generosa.







 








 



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