19 abril 2017
justiceiros
No momento em que acabei de escrever um post sobre a vacina do sarampo e o "atentado à liberdade individual", li a notícia da morte da adolescente que não estava vacinada e foi contagiada por um bebé de 13 meses, também não vacinado. O que pretendia ser um contributo para o debate e uma proposta de resolução dos problemas ganhou repentinamente nomes concretos e ficou refém de uma tragédia irremediável.
Publicarei o post noutra altura. Hoje é dia de luto e de respeito pelo sofrimento daquela família.
Entretanto o facebook encheu-se de justiceiros, entre o "eu não disse?" e o clamor para que aqueles pais sejam responsabilizados. Esqueceram que não se bate em quem já está no chão. Aqueles pais perderam a filha, haja respeito pela sua dor! Se é caso para o Ministério Público, ele que faça o seu trabalho. Eu faço a minha obrigação de ficar calada neste momento.
Deixo apenas alguns retratos de justiceiros, de um quadro de Lucas Cranach, o velho. E um apelo: não deixemos que seja um retrato de nós.
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