20 janeiro 2018

20 de Janeiro de 2017

Faz hoje um ano que Trump tomou posse.
Um ano, uma Nambia, um kovfefe, vários "o meu é maior que o teu" e muitas convulsões depois, uma pessoa pergunta-se se a História está condenada a repetir-se. Espero que sim: gostava de voltar ao tempo do Obama.

Entretanto, para a petite Histoire, aqui fica o registo dos meus posts no facebook no dia 20.1.2017:


José Bandeira, "trumpeta do apocalipse":



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Acabei de me meter no masoquismo: transmissão em directo.
Vi os filhos do Trump a entrar em cena.
Diz que o filho mais novo tem autismo, pelo que não vou fazer qualquer comentário sobre o seu comportamento.

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O Matthias veio aqui, e disse que estou a perder tempo. Pode ser, mas não consigo desligar e ir fazer outra coisa. Pareço hipnotizada. O coelho perante a cobra.
(Esperava que o Trump trouxesse uma cartola de onde sairiam passarinhos do Twitter, mas não, parece que não vai haver efeitos especiais.)

Comentário de uma amiga: " Um amigo meu, há muitos muitos anos atrás, ia de mota com um amigo, à pendura. O condutor, que parecia possuído pelo diabo e só fazia asneiras, às tantas perguntou ao meu amigo porque é que ele se inclinava tanto para o lado. Resposta do meu amigo: "é para ver bem onde é que vou bater com os co**os". Assim me parece essa coisa de assistir à tomada de posse da criatura: para vermos bem onde é que nos vamos espatifar todos."

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Até agora, ainda só vi cinco pessoas de pele escura. Já estou a incluir os Obamas.
Adenda: afinal vi seis.

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aaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
O discurso do Trump
aaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

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America first.
Estou mesmo muito curiosa para ver se a receita funciona.



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you will never be ignored again
- e diz isto à frente dos outros presidentes todos. Esses que ignoraram o povo, e se enriqueceram à grande em Washington...

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Começou por dizer que finalmente o poder está nas mãos do povo, e daí para a frente continuou a descer.
Make America great again - proteccionismo.

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A pobre Jackie Evancho está tão nervosa!
Bolas, que impressão me está a fazer.

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Acabou.

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Ai, a cara do Obama!
"gute Miene zum bösen Spiel"...

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Agora estou a assistir ao mesmo, mas com comentários da ARD.
Uma pessoa precisa de se sentir um pouco mais acompanhada.
(Hei! estão a entrevistar jornalistas no mundo inteiro! que disparate! então não ouviram? make America great again! a que propósito é que a ARD se dá ao trabalho de querer saber o que outros países estão a pensar?...)

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Lá se vai o helicóptero do Obama.
Já estou com saudades.

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A ARD já terminou a emissão. Passaram para um concurso bacoco. Voltei ao new york times. Banquete, hmmm, comidinha.

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O chat dos jornalistas ao lado da transmissão em directo do New York Times é o máximo.
Por exemplo:

Alan Rappeport
Washington Correspondent
12:15 PM ET

Trump says that the military, law enforcement and God are protecting the American people.
Jon Meacham
Presidential Historian
12:15 PM ET
Does God know that?

Alan Rappeport
Washington Correspondent
12:14 PM ET

Now Trump is calling for unity and solidarity.

Jon Meacham
Presidential Historian
12:14 PM ET
Alan, this is always what Trump does, as you know. He describes the ying, then the yang. And people hear whatever they want to hear.

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Obama a discursar agora.
"A Democracia não são edifícios e monumentos, a Democracia somos todos nós."
"Isto não é um ponto final, é uma vírgula"
(onde foi isto?)
Adenda: “This is just a – this is just a little pit stop. This is a – this is not a period, this is a comma in the continuing story of building America.”

(O discurso foi em Maryland, para elementos do seu staff e apoiantes, antes de partir para as férias em Palm Springs.)

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O papa Francisco a mandar recados a Trump.







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(sobre o banquete)

Amendoins, que nojo.
Maine lobster and Gulf shrimp with saffron sauce and peanut crumble, followed by grilled Seven Hills Angus beef with dark chocolate and juniper juice, accompanied by potato gratin.

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A oração antes da papinha não acaba?
Se eu fosse a cozinheira, já estava a mandar vir. Os amendoins ainda vão arrefecer, depois não prestam para nada.
(Nestes momentos lembro-me sempre do comentário de um amigo sobre umas férias numa casa de um padre:
"tinha de rezar antes de comer, mas valia a pena")

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O Trump sabe lá para que lado fica Berlim! Está inteiramente concentrado no seu umbigo. Parece que alguém lhe disse que coincidia com o umbigo dos EUA.

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Ai! Já são oito da noite?!
Como o tempo passa!
Vou ver o noticiário, para saber se aconteceu alguma coisa importante hoje.
Até já.

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Por favor, está aí alguém que me tome conta do mundo aqui no facebook?
Tenho de ir passar uma roupinha a ferro.
Obrigada!

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O cúmulo do masoquismo, hoje, é ir ver a tomada de posse do Obama em 2009.
Agarrem-me! que estou capaz de me desgraçar...

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