20 abril 2018

promessas


  


Promessas de damascos.
Será que as árvores têm dores de parto quando dão estas flores à luz? Será que sentem prazer?
Será que não sentem nada? Será que as flores rebentam e abrem como as unhas me crescem a mim, "que chatice, tenho de as ir cortar outra vez", e pronto, olha, fez-se primavera - será isso?

Em todo o caso: fez-se finalmente primavera.

As tulipas já estão em festa, o damasqueiro já prometeu, agora prometem a macieira e as cerejeiras. Ainda espero sinais do marmeleiro, das ameixoeiras. Hoje andei a regar os exageros de pés de morangos e de framboesas que rebentam da terra por entre as folhas que sobraram do outono.
Estou quase quase a encomendar os pés de tomate - de todas as cores, grandes e pequenos, como os que tantas alegrias me deram no ano passado. E as batatas azuis. Este ano vou tentar ter batatas azuis a crescer em sacos pretos na varanda.
(Agarrem-me, que este blogue corre o risco de se tornar a filial berlinense do Almanaque Borda d'Água.)

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